terça-feira, 3 de maio de 2011

O capacho dos americanos


Depois de quase exatamente 10 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, o saudita Osama Bin Laden está morto. O exército dos Estados Unidos, em uma ação cinematográfica, liquidou o homem que era considerado inimigo público número do país mais poderoso do planeta por mais de uma década. O local, como se suspeitava, era no Paquistão, próximo da fronteira com o Afeganistão. Agora, Washington discute se deve ou não liberar as imagens do corpo do "filho da escrava", a maneira com a qual seus irmãos mais velhos por parte de pai o chamavam. Assim, embora chocante, comprovariam a morte do homem.
Mas chama a atenção que exatos 10 anos depois dos atentados que chocaram o mundo, resultando na morte de mais de 3000 pessoas, Bin Laden finalmente foi executado. Na administração George W. Bush, parecia impossível capturar o líder da Al Qaeda (a base, em árabe). CIA & FBI pareciam não entrar em acordo, enquanto a rede de comunicações do Catar Al Jazeera frequentemente enviava mensagens do (para muitos) "herói do Islã". Enquanto isso o cowboy senhor da guerra (que uns chamaram de defensor do cristianismo, justiça e liberdade, e outros compararam a Alexandre Magno & Júlio César, tanto nos aspectos positivos quanto negativos...) seguia com sua cruzada da Justiça Infinita, invadindo "justificadamente" Iraque e Afeganistão. Após prender um bando de muçulmanos, a maioria inocentes, presos sumariamente e torturados em Guantánamo, o filho de George Bush I finalmente capturou uma cobra criada pelos EUA, Saddam Hussein, um tirano que seria em seguida executado.
Paralelo a tudo isto, correm teorias conspiratórias que dizem que o governo americano permitiu que os atentados ocorressem. Em 11 de setembro vou detalhar melhor. Mas por enquanto, fico com a impressão que Barack Obama quis dar cabo de um (perdão do trocadilho infame) "cabo eleitoral republicano"! Seu antecessor não conseguiu capturá-lo...ou não quis? Quem sabe. Mas é tudo muito suspeito. Seja como for, a morte de Bin Laden não resultará num mundo mais seguro, mas será o começo do fim da Al Qaeda pelo menos. E claro, uma ótima vantagem para Obama e os democratas. Ah, só para registrar, Bin Laden não é unanimidade entre os muçulmanos. Tenho certeza que Mahmoud Ahmadinejad se não vibrou com sua morte, também não ficou triste. Afinal, o Irã dos aiatolás é xiita, a Al Qaeda é sunita, e esses ramos do Islã se odeiam mais entre si que a cristãos e judeus. Mas todo mundo sabe que a religião aqui é mero pretexto; a quetão é política.

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