sábado, 8 de fevereiro de 2014

Jean Baptiste Roustaing

Existe um nome no Espiritismo cuja obra, por conta de uma ideia equivocada, não tem recebido o seu devido valor. Refiro-me a Jean Baptiste Roustaing.
O equivoco em questão, os confrades mais esclarecidos já devem saber. Por comunicações mal recebidas, ou talvez mal interpretadas, ou talvez, engano por parte dos espíritos comunicadores, esse grande espírita nos passou o Docetismo, uma ideia que diz que o corpo de Jesus não era material. Sua cisão com Allan Kardec se deu exatamente por causa dessa insistência.
No entanto, a FEB (Federação Espírita Brasileira), na minha modesta opinião, acertadamente publicou no Brasil Os Quatro Evangelhos. Alguns confrades, como o grande professor José Herculano Pires, mostraram-se contrariados. Alegam que isto é apenas um misticismo antirracional. Perdoe-me o prof. Herculano, mas discordo. No meu modestíssimo ponto de vista, afora o engano principal, a obra de Roustaing não deve ser menosprezada. Não cometeria o exagero dos roustainguistas, que afirmam que Os Quatro Evangelhos é uma das dez maiores obras da literatura universal, ou que Jean Baptiste é uma das 10 maiores figuras da Humanidade. Mas sou de opinião que essa obra deve sim ser lida pelos espíritas, e não desprezada.
Ademais, se Jean Baptiste Roustaing errou em insistir que Jesus possuía um corpo fluídico, vários outros grandes espíritas também se equivocaram em alguns pontos. E o principal disso tudo, não convém esquecer: não nos dividamos por questões que, mesmo importantes, não podem ser o ponto central da Doutrina. Como ensinou o Cristo, amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo é de fato a mensagem suprema do Espiritismo.
Que o Senhor Deus abençoe a todos!

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